02/02/2015 | Por Fabio Joaquim | Blog
RIO – Usar o celular para fazer uma chamada telefônica está com os dias contados. Para as operadoras de telefonia, o fim da era da voz começa a partir do próximo ano, quando as receitas com a internet vão superar as obtidas com as tradicionais ligações. Por trás dessa virada, estão aplicativos que caíram no gosto dos consumidores como o WhatsApp e outros menos populares como o arquirrival Viber. Pela plataforma, que funciona nas redes de dados 3G e 4G das companhias de telecomunicações, trafega-se de tudo: mensagens de texto, fotos, vídeos e, claro, a cada vez mais popular gravação de áudio.
O aumento do uso de aplicativos como WhatsApp e Viber ajuda a ilustrar, segundo especialistas do setor, o avanço da internet na telefonia, cujas receitas cresceram cerca de 35% no último ano. Ao mesmo tempo em que as redes sociais – dos mais variados tipos – ganharam presença no mundo móvel, a popularização dos smartphones, com queda de preço de mais de 50% nos últimos dois anos, dá impulso extra ao números de pessoas trafegando dados pela internet móvel.
Estimativa feita pela consultoria Value Partners indica que a internet móvel já representa 30% das receitas das operadoras no Brasil, com faturamento de cerca de R$ 31,5 bilhões somente em 2014. Segundo Francesco Pellegrino, sócio da consultoria, o país é uma das nações com maior potencial no mundo para crescer em dados móveis, já que cerca de 93 milhões de usuários ainda não têm acesso à internet. É cerca de 33% dos 280 milhões de linhas móveis em operação, segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
– Esse crescimento é reflexo do aumento de smartphones e das redes 3G e 4G. Essa receita começa a se tornar mais importante a partir do ano que vem para o setor, começando no segmento fixo e, em seguida, no setor móvel. Além da voz, a internet também vem sendo responsável pela queda acentuada do uso do SMS (torpedo) – diz Pellegrino.
– Para quem já se acostumou com essa tecnologia, fica difícil deixar de lado. Quando o dia está muito corrido, é mais fácil mandar uma mensagem na brecha que surge do que telefonar. São inúmeros os aplicativos que permitem SMS gratuito, mensagem de voz e até ligação sem custo. Embora o pacote de dados tenha um custo, é econômico para quem usa bastante o celular.
– No futuro, haverá condições de lançar a voz sobre a rede 4G. Quando isso acontecer, é possível que a voz não seja cobrada. Os clientes compravam voz e tinham direito a dados. Hoje, o cliente compra dados e tem direito a voz – diz Leonardo Capdeville, diretor de Tecnologia da TIM.
Na TIM, 80% dos celulares vendidos são smartphones. Com isso, metade dos usuários na empresa já conta com os telefones de última geração. Só a Oi registrou alta de 111% no volume de dados trafegados no ano passado em relação ao ano anterior. Em relação à receita, a alta chegou a 16% entre os clientes pós-pagos e a 94% entre os usuários de cartão. Segundo Roberto Guenzburger, diretor de produtos móveis da Oi, a voz já não é mais geradora de crescimento da receita. Por isso, diz ele, os investimentos em infraestrutura hoje são concentrados em 3G e 4G.
– Fizemos mudanças para gerar mais receita. Passamos a migrar os clientes da rede 2G que tinham smartphone para a rede 3G. Essa mudança aumentou o uso de rede em até 20%. E passamos a cobrar dados quando a franquia acaba.
Segundo o executivo, em três ou quatro anos, a voz passará a fazer parte dos dados. Ou seja, não será cobrada:
– Com a rede 4G, a voz será transmitida em alta definição (HD, na sigla em inglês). Será um feature. Os testes já estão sendo feitos.
Na Claro, a receita de dados cresceu 40% em 2014, diz Alexandre Olivari, diretor de Serviço de Valor Agregado e Roaming da Claro. Ele destaca que os smartphones – com preços a partir de R$ 259 nos planos de conta – somaram 77,5% das vendas de aparelhos no ano passado.
– Com isso, a empresa vê a necessidade de continuar investindo em infraestrutura. Um exemplo foi comprar novo lote (de frequência) que permitirá a ampliação da tecnologia 4G.
Com 82% dos dos clientes pós-pagos com celulares de última geração, a Vivo endossa o atual movimento do mercado: enquanto a receita móvel de dados por usuário subiu 16,4% entre janeiro e setembro do ano passado, a de voz caiu 6,2%.
– Com a internet, os usuários estão se comunicando mais. Por isso, a internet passou a ser o item mais relevante na hora de escolher um plano. E ter hoje a melhor rede é decisivo – destaca Marcio Fabbris, diretor de Marketing de Serviços Móveis para a pessoa física da Vivo.
Fonte: O Globo
Android Aplicativo Aplicativos Apple Atalhos Avançado Bateria Brasil Básico Celular Computador Copa do Mundo Dicas Download Excel Facebook Formatação Funções Gmail Google Gráficos Intermediário Internet IOS iPhone Marco Civil Microsoft Outlook Power BI PowerPoint Redes Sociais Segredos Segurança Senhas Smartphone Smartphones Tecnologia Treinamentos Corporativos Twitter Uber Vídeo Aula Vírus WhatsApp Windows Word
Desenvolvido por Danxia Publicidade.