27/11/2014 | Por Fabio Joaquim | Blog
Com a chegada da BlackFriday (data em que o varejo faz promoções), na próxima sexta-feira (28), os “descontos imperdíveis” tendem a incentivar os consumidores a colocarem a mão no bolso. Mas se você é daqueles que não tem tempo ou mesmo paciência para enfrentar as filas das lojas físicas, a compra pela internet pode ser uma opção. E entre o celular e o computador, João Carlos Lopes, professor de Engenharia de Computação do Instituto Mauá de Tecnologia, cita o smartphone como meio que pode ser um pouco mais seguro. Veja essa e outras dicas para não cair em uma cilada durante as compras.
“O principal golpe dos hackers é a criação de sites falsos, que são mais raros na versão mobile”, explica Lopes. Essa tentativa de enganar os consumidores é usada em golpes do tipo phishing, que visam “pescar” informações e dados pessoais importantes do usuário, tais como dados bancários e de cartões de crédito.
Ainda que “bem mais difícil” de haver sites falsos nos smartphones, Rovercy de Oliveira, especialista em segurança da informação da consultoria Real Protect, afirma que isso não é impossível. Segundo ele, a migração dessas páginas falsas para a versão mobile é uma questão de tempo. Oliveira ressalta ainda que o meio mais seguro de compra virtual depende de diversas variáveis.
“Se você tiver um celular com sistema iOS e um computador Windows desatualizado e sem antivírus, obviamente o dispositivo móvel é mais seguro”, exemplifica o especialista, que define o celular como uma versão portátil do computador. “Ou seja, acaba herdando as mesmas fragilidades do computador”. Para ele, os dispositivos da Apple –iPhones, iMac, MacBook, iPads– são mais seguros dos que os de outras marcas, mas isso não significa que estão imunes à ação dos maliciosos.
Independente se a compra vai ser realizada pelo computador ou pelo celular, o professor da Mauá diz ser importante manter o sistema operacional –seja ele qual for– atualizado, além de ter antivírus. Ainda que cubram possíveis brechas de segurança, a eficiência dessas medidas também está diretamente relacionada a uma educação digital (nome dado para os hábitos do internauta na rede). “Nunca clique em e-mails promocionais sem ter certeza sobre o destinatário. Em caso de dúvida, o melhor é deletá-lo”, orienta Lopes.
“Se receber a promoção de uma empresa que não costuma te mandar e-mails, o melhor é apagá-la antes mesmo de abri-la, até porque há arquivos maliciosos que basta serem abertos para se instalarem nos dispositivos”, completa o consultor da Real Protect, que recomenda que o usuário, antes de clicar em qualquer link, coloque o mouse sobre ele e identifique sua origem.
É importante ainda, segundo Lopes, procurar referências sobre o fornecedor, verificando a existência de reclamações contra ele, além de se atentar às especificações do produto e às políticas de garantia e de troca. “Isso vai ajudá-lo a evitar problemas futuros com a compra.” O professor também sugere que o consumidor procure o seu banco para ativar o serviço que o informa via SMS sobre cada transação financeira realizada. “Isso identifica com mais agilidade possíveis clonagens, possibilitando pedir o cancelamento das compras.”
Fonte: UOL
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