14/05/2014 | Por Fabio Joaquim | Blog
A popularização dos dispositivos móveis alavanca o setor de aplicativos, que cresce a taxas exorbitantes, movido pela demanda dos usuários finais e também das empresas.
Neste cenário, o mercado de desenvolvedores de app’s está pra lá de aquecido e oferece bons salários. Tem estagiários na faixa de dois mil reais. Para quem tem experiência em mais de uma plataforma, há salários que chegam a bater nos 20 mil reais. A inflação tem a ver com a falta desse tipo de profissional no país.
“Os alunos saem dos cursos que oferecemos com empregos praticamente garantidos. Na produtora temos até uma dificuldade em encontrar e segurar pessoas. Acontecem muitos roubos de profissionais entre as empresas”, conta Lucas Longo, CEO do Instituto de Artes Interativas, o Iaí?
Se a oportunidade chamou sua atenção, é preciso atentar para detalhes importantes. O primeiro é o perfil do profissional desenvolvedor de aplicativos. Geralmente quem desenvolve app’s são programadores, formados em Ciência da Computação, Engenharia de Software ou cursos relacionados. Mas nada impede que qualquer um possa aprender do zero.
Quem quiser se aventurar no mundo dos aplicativos móveis precisa, antes de qualquer coisa, entender o que é criar um app. Em poucas palavras, poderíamos dizer que o desenvolvimento é uma série de instruções que devem ser passadas em forma de código para o smartphone ou o tablet executarem. Hoje existe uma série de cursos disponíveis para quem quiser aprender a programar para as diferentes plataformas móveis. Mas tudo começa com o aprendizado da lógica de programação…
“A pessoa começa aprendendo a lógica de programação e a partir daí pode escolhe por qual plataforma que deseja seguir, como iOS, Android, Windows Phone e HTML 5, linguagem que engloba os aplicativos baseados na web”, explica Longo.
Ainda que a lógica seja a mesma, programar para diferentes plataformas é bastante diferente; poderíamos comparar a diferença entre desenvolver apps para Android, iOS e Windows Phone com a diferença entre falar português, inglês ou japonês.
O tempo de desenvolvimento completo de um aplicativo depende da sua complexidade, mas, segundo Lucas, dois meses é o tempo mínimo para a criação de algo refinado, com todos os testes realizados e que funcione bem.
O programador é quem constrói o código. Mas, para criar um app bacana também é necessária a presença de outro profissional, mais ligado ao design.
Se você se interessou pela ideia, saiba que dá pra aprender muita coisa e até experimentar a sensação de programar antes de entrar de cabeça nessa. Neste site, totalmente gratuito, você tem ferramentas online para programar histórias interativas, jogos e animações: é um projeto do Instituto de Tecnologia de Massachusetts.
“Existe uma área imensa para os designers também. Para profissionais que só sabem fazer revistas ou web, eu sugeriria que aprendam a fazer mobile também. É uma linguagem diferente, mais avançada. Ela exige que se pense na arquitetura da informação, na usabilidade, na navegabilidade e na transição de tela. Eu sempre brinco dizendo que é a arte mais interativa que temos hoje em dia, já que trata de animação, vídeo, som, reação e mobilidade. Não é só o programador que tem que pensar nisso, o designer também”, conclui o CEO do Iaí?.
Fonte: Olhar Digital
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