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O Google Glass não foi oficialmente lançado ainda. A companhia vende apenas algumas unidades de teste do produto por US$ 1,5 mil nos EUA. No entanto, o dispositivo já foi “lançado” extra-oficialmente no Brasil, onde uma empresa comercializa os óculos por R$ 6,5 mil.

Chamada GoGlass, a empresa de São Paulo importou os óculos do Google e decidiu transformar isso em um negócio. Assim, ela aluga o dispositivo para festas e eventos pelo valor de R$ 200 ao dia, ou então vendê-lo definitivamente pelo preço já citado. A empresa até mesmo organiza um sorteio para presentar um sortudo.

O valor já inclui a elevada carga tributária brasileira, mas não é o limite. O fundador Carlos Magno Vivaldi conta que o preço pode subir a até R$ 8 mil quando o Google disponibilizar a versão final do produto.

O Google diz não ter “nada a ver” com a iniciativa da empresa e alerta que, de acordo com as normas do programa Explorer, único jeito de conseguir os óculos por enquanto, a revenda ou comercialização do produto é proibida.

Homologação
O Glass não é homologado no Brasil, o que desrespeita as normas da Anatel, já que todo emissor de radiofrequência precisa ter o aval da agência para funcionar no Brasil.

Quem usa, vende ou fabrica dispositivos não-homologados pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) – inclusive os comprados no exterior – está sujeito a multa entre R$ 100 e R$ 3 milhões. Prevista no Regulamento para Certificação e Homologação de Produtos, a punição é informada em documento disponível para consulta no novo site do órgão voltado aos usuários.

A Anatel explica que o valor da multa varia de acordo com a “natureza e a gravidade da infração, os danos dela resultantes, a situação econômica, a vantagem auferida pelo infrator, as reincidências e as circunstâncias agravantes”. As penalidades vão de advertência e multa a apreensão do dispositivo.

Fonte: Olhar Digital