18/09/2015 | Por | Blog


Com quase dois anos de presença no Brasil, a tecnologia 4G está longe de atingir a maioria dos usuários que acessa a internet por um dispositivo móvel. Segundo dados da Anatel, em janeiro de 2015, apenas 5% dos acessos de banda larga móvel feitos no país –7,75 milhões do total de 148,83 milhões– usam a rede que proporciona velocidade nominal de conexão de até 100 Mbps (Megabits por segundo).

Especialistas da área de telecomunicações apontam os altos preços dos smartphones adaptados ao padrão e a falta de investimento em infraestrutura como os principais motivos da baixa representatividade.

Isso porque não basta que a tecnologia seja habilitada pelas operadoras na região em que o consumidor faz uso da internet móvel –é preciso ter um telefone que possa operar com esta tecnologia, e esses modelos ainda pesam no bolso do usuário. “Esses aparelhos ainda custam muito caro e inviabilizam a expansão no uso da tecnologia”, afirma Eduardo Tude, da consultoria de telecomunicações Teleco.

A indústria tem dado passos para tentar mudar esta tendência em 2015, como é possível se notar no lançamentos de smartphones de entrada com 4G, como o Moto E, da Motorola. “Com esse barateamento, a expectativa é que o uso da tecnologia cresça consideravelmente no país neste ano”, diz Georgia Jordan, analista de telecomunicação da Frost & Sullivan.

Em varejistas, é possível achar aparelhos 4G com preços que variam de R$ 500 (Lumia 635, da Microsoft Device) a R$ 4.700 (iPhone 6 Plus com 128 GB de armazenamento). Em operadoras, o valor é menor ainda, pois algumas delas subsidiam o custo do dispositivo.

Levantamento da Anatel mostra que existem no mundo cerca de 400 equipamentos com tecnologia LTE [que permite a conexão ao 4G], alguns deles já vendidos no Brasil.

Custo dos planos 4G também atrapalha aumento no uso

Outra restrição que colabora para afastar o usuário do 4G é o preço dos planos oferecidos pelas operadoras de telefonia celular. As opções que permitem o uso da rede 4G geralmente são mais caras e não estão tem a mesma cobertura em relação à oferta padrão, que ainda usa a rede 3G.

É por isso que, João Carlos Lopes, professor de engenharia de computação do Instituto Mauá de Tecnologia, recomenda que os usuários se certifiquem da existência de sinal do padrão nos locais em que mais usa o dispositivo antes mesmo do investimento. “É bem comum o usuário comprar o aparelho, assinar o plano e ainda assim não ter acesso à rede 4G, já que nos locais em que faz o uso da internet móvel a cobertura não está disponível.”

Todas as operadoras, assim como a Anatel, disponibilizam em seus respectivos sites a extensão territorial da cobertura 4G. Além disso, segundo Lopes, há aplicativos que podem auxiliar os usuários a identificarem os locais das redes, bem como o tipo de conexão disponível na região em que o usuário estiver.

As operadoras têm diferentes estratégias para vender seus planos de internet 4G. No entanto, em média, pacotes que envolvam dados em rede 4G e alguns minutos para ligação custam a partir de R$ 70 por mês.

Rede 4G cobre 41,8% da população brasileira

Fonte: Olhar Digital

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